29 March, 2007

FRAGMENTO DO CURTA INVASÃO

Eis finalmente um fragmento, sem audio, do curta "Invasão"



JORGE FURTADO

ANCHIETANOS, de Jorge Furtado


"Anchietanos" foi um dos episódios da série da Globo, Comédias da Vida Privada. Este episódio abre com o protagonista anunciando que "esta não é uma comédia", aparvalhando o espectador que esperava algo leve, engraçado e superficial como as demais adaptações das crônicas (do livro homônimo de) Luís Fernando Veríssimo adaptadas por Guel Arraes e equipe.
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Jorge Furtado (assim como Fernando Meirelles e Cesar Charlone de "Cidade de Deus" que integraram a equipe de Guel Arraes, a mais criativa, inteligente e interessante da produção global) assina este episódio. Assina roteiro e direção, nesta que pode ser considerada sua estréia no longa-metragem. Recentemente "Anchietanos" saiu em dvd pela Casa de Cinema de Porto Alegre (curtas gaúchos) de Jorge Furtado, ao lado dos curta-metragens mais geniais feitos por este incrível cineasta que produziu curtas extraordinários, que nem precisam ser mencionados (mas que mencionarei assim mesmo): o hors-concours "Ilha das Flores"; o surpreendente drama "O dia em que Dorival encarou a guarda"; a ficção-científica/drama "Barbosa"; o estranho documentário "Esta não é sua vida"; e o deliciosamente metalingüístico "O sanduíche", dentre outros menores, mas sempre interessantes.
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"Anchietanos" trata da história de dois amigos/rivais que se encontram ao longo da vida em premente competição, um se torna publicitário, outro político. O encontro principal se dá em plena campanha política, ambos em lados rivais. Cheio de humor (que descamba para diversos graus de ironia e sarcasmo ao longo do filme, até se converter numa difícil melancolia em seu desfecho), é um filme que trata de questões como amizade, amor, ética, política e mercado. Tudo está costurado em jogos de palavras e em intervenções off, marcas fundamentais de Jorge Furtado, e que, se escorrega normalmente na condução fílmica (não ousa em enquadramentos, é desleixado na mise en scene e preguiçoso nos movimentos de câmera), jamais perde a mão de um roteiro, que é sempre a pérola de seus filmes, pelo bem amarrado que torna sempre interessante sua direção burocrática.
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Por isso mesmo, fuçando o Google dei com o roteiro de "Anchietanos" que é praticamente obrigatório (para os alunos de todas as áreas de cinema) conhecer (até mesmo por que está ali a estrutura, a divisão exata das cenas, a linguagem limpa do bom roteirista) . Ponho o link abaixo, e o mais interessante, um dos links traz a primeira versão e o último, a versão definitiva, prato cheio para ver como um roteiro evolui. Fica faltando apenas assistir ao filme, disponível por aquele preço exorbitante de sempre, na 2001.
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Primeira versão
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Sexta versão
http://www.casacinepoa.com.br/port/roteiros/anchiet2.txt
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Espero que gostem
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Abraço
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Eduardo Araújo

28 March, 2007

A CARA DO FILME


Acho que essa cena é a cara do filme "Cheiro do ralo". Sem ironia: pop, divertido, vulgar, uma excelente direção de arte que termina e começa sem acrescentar muito. Um filme bunda: apreciável.

Conversa de MSN, O CHEIRO DO RALO



vc foi ver aquele filme do selton?
eduardo diz:
tirei um treco do meu blog
eduardo diz:
fui, o filme é bem mediano pra baixo
eduardo diz:
a direção de arte é lindíssima
eduardo diz:
os atores estão bem
eduardo diz:
mas o negócio não vai
Marcelina Pão e Vinho diz:
serio?
Marcelina Pão e Vinho diz:
q decepçao
eduardo diz:
estou na segunda musica
Marcelina Pão e Vinho diz:
roteiro ruim?
eduardo diz:
nao vejo diferença da primeira
Marcelina Pão e Vinho diz:
ave edu
eduardo diz:
é chatinho, e olha, eu nao estou na minha fase mais crítica
eduardo diz:
ahahahahha
Marcelina Pão e Vinho diz:
to aqui no blog
Marcelina Pão e Vinho diz:
vc coloca muita coisa de uma vez so
eduardo diz:
fui com o coração aberto
eduardo diz:
pois é
eduardo diz:
depois fico um ano sem pôr nada
eduardo diz:
tem que ser assim
eduardo diz:
ninguem participa desse blog as vezes penso que é serviço inutil
eduardo diz:
é uma escola de cinema em que ninguem parece preocupado
eduardo diz:
em intercambiar idéias
eduardo diz:
e, com raríssima exceções, muitos parecem não gostar de ver filmes
eduardo diz:
ahahhahahah
Marcelina Pão e Vinho diz:
nhoo
Marcelina Pão e Vinho diz:
eu tenho q ir agora
Marcelina Pão e Vinho diz:
vou no jogo cultural
eduardo diz:
bye
Marcelina Pão e Vinho diz:
ver se ganho uns ingressos de novo
eduardo diz:
acabei de colar essa nossa conversa sobre o cheiro do ralo no blog
eduardo diz:
para vc ficar p. da vida
Marcelina Pão e Vinho diz:
hahaha, nao acho isso nao

"Melodrama ou a sedução da moral negociada"


ISMAIL XAVIER
o maior crítico brasileiro de cinema
ou seja, nosso papa.

MELODRAMA, Ismail Xavier

"A título de esquema é comum dizer que o realismo moderno e a tragédia clássica são formas históricas de uma imaginação esclarecida que se confronta com a verdade, organizando o mundo como uma rede complexa de contradições apta a definir os limites do poder dos homens sobre seu destino, ao mesmo tempo que os obriga a reconhecerem a própria responsabilidade sobre ações que terminam por produzir efeitos contrários aos desejados. Em contrapartida, ao melodrama estaria reservada a organização de um mundo mais simples em que os projetos humanos parecem ter a vocação de chegar a termo, em que o sucesso é produto do mérito e da ajuda da Providência, ao passo que o fracasso resulta de uma conspiração exterior que isenta o sujeito de culpa e transforma-o em vítima radical. Essa terceira via da fabulação traria, portanto, as reduções de quem não suporta ambigüidades nem a carga de ironia contida na experiência social, alguém que demanda proteção ou precisa de uma fantasia de inocência diante de qualquer mau resultado. Associado a um maniqueísmo adolescente, o melodrama desenha-se, nesse esquema, como o vértice desvalorizado do triângulo, sendo, no entanto, a modalidade mais popular na ficção moderna, aparentemente imbatível no mercado de sonhos e de experiências vicárias consoladoras."
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O olhar e a cena, Ismail Xavier
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[Sou apaixonado pelo estilo retórico de Ismail Xavier, pela concisão de sua linguagem, o uso que faz da palavra precisa, e ainda assim, a capacidade de fazer o texto soar como fala exata, corrente, moderna. É um exemplo de raciocínio depurado traduzido em bom Português do Brasil. ]

O CÉU DE SUELY, de Karim Aïnouz


Eis aí um filme brasileiro possível, honesto, inteligente, humano e sem as carinhas (globais) de sempre.

DUELO


Cena do curta "Duelo"
Dirigido por Flávio Dias Marin
Roteiro de Tiago Franco Marques
2006

SOBREVIDA

Clique para assistir ao curta SOBREVIDA,
produção de 2007 da Escola Livre de Cinema e Vídeo.

Roteiro de Marcela Prado Paiva
Direção de André Okuma




Ou no YOUTUBE

http://www.youtube.com/watch?v=skK_lFOgR3E

NOTA DE ESCLARECIMENTO


Respondendo à solicitação anônima, estou atualizando o blog da Escola Livre de Cinema e Vídeo de Santo André; mas antecipo que é uma falsa atualização por que me faltam materiais (imagens e informações) sobre a turma atual.
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Este blog continua aberto para os veteranos divulgarem o que estão fazendo com o que aprenderam na ELCV; mas está igualmente à disposição da turma atual (2006/2007) para efetuarem as postagens daquilo que desejarem. Para isto basta que entrem em contato com Mônica Cardella, coordenadora do curso; ela possui a senha deste blog, ou comigo, por meio de email ou scraps no Orkut.
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Reiterando:
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Contribuições diversas podem ser passadas por email
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contatos comigo podem ser feitos neste email ou por scraps (de preferência) no Orkut
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Abraço a todos